BDSM: aprender primeiro, praticar depois
		 Tudo é permitido, nada é obrigatório
				
BDSM é um acrónimo para a expressão Bondage, Disciplina, Sadismo e Masoquismo um grupo de padrões de comportamento sexual humano. A sigla descreve os maiores subgrupos: Bondage e Disciplina (BD) ; Dominação e Submissão (DS) ; Sadismo e Masoquismo/ou Sadomasoquismo (SM)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Origem


A história do Shibari começa com ilustrações da arte conhecida como Hojojutsu. Esta arte marcial era praticada por Samurais. Para entendermos melhor, devemos ir para a época mais obscura do Japão medieval, onde essas artes eram praticadas nos campos de guerra. Essa prática se resumia em capturar e deter o inimigo o mais rápido possível, usando as cordas. No estudo dessa arte, os Samurais se especializavam em métodos de tortura extremamente cruéis.
Em meados do século XVII, Tokugawa Ieyasu (1542-1616) era o governante, um dos mais inteligentes partidários de Nobunaga. Tornou-se o homem mais poderoso do Japão, quebrando suas próprias promessas, virou-se contra o herdeiro de Hideyoshi,o jovem Hideyori, para tornar-se o centro do poder do país.Durante o governo de Tokugawa, existiam quatro formas de tortura muito comuns: chicotadas, pressão em partes do corpo do prisioneiro com rochas pesadas, restrição de movimentos e suspensão por cordas. As cordas eram utilizadas para causar má circulação, imobilização e posições humilhantes para os prisioneiros. As punições eram físicas e psicológicas também.
Dentro desta técnica, eram usados diferentes tipos e cores de corda, que eram usadas pra identificar o tipo de crime que o prisioneiro cometeu e a que classe social pertencia. As últimas imagens descritivas das antigas técnicas do Hobaku-Jutsu foram encontradas no Castelo Matsumoto, onde as cruéis e violentas técnicas começaram a ser aplicadas eventualmente para propósitos estéticos e sexuais.
No fim do período Edo, surgiu a primeira ilustração onde o Hobaku-Jutsu era usado para fins sexuais. Foi uma época em que o Japão começou a abrir as portas para o mundo, e os conceitos do ocidente alcançaram a nação. Daquela época em diante, estes métodos de tortura continuam sendo usados para causar prazer, beleza e sensualidade. A corda era um símbolo de poder e controle sobre as mulheres, dentro das fantasias sexuais.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses tiveram estreitos contatos com os alemães, aprenderam vários conceitos sobre o sadomasoquismo do ocidente e o legado do Marquês de Sade.Tudo isso foi acrescentado às suas antigas técnicas de tortura, e o conceito de estética, beleza e sensualidade da arte, que hoje conhecemos como Shibari, havia começado.
Em 1960, a popularidade do Shibari cresceu, a ponto de serem criadas sessões especiais em teatros. Em Tokyo, as pessoas compravam ingressos para assistir um Mestre amarrar sua dorei (escrava). O Mestre podia até escolher uma garota da platéia, despí-la, amarrá-la, suspendê-la e torturá-la sexualmente, na frente dos espectadores. Até os dias de hoje é uma arte apreciada por muitos, e uma das mais belas do cenário BDSM.
O shibari é uma técnica complexa, porém possui um ponto de partida básico. A amarração básica lembra uma “lingerie”, e se resume em três partes: Shinju, Sakuranbo e Karada.

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